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domingo, 7 de junho de 2015

Métodos Anticoncepcionais ou Contraceptivos

Veja os prós e contras dos principais métodos para evitar a gravidez

Do G1, em São Paulo – Programa Bem Estar (Rede Globo), 02, Ago, 2011


Pílula, camisinha, DIU, diafragma, anel vaginal, injeção, adesivo. Os contraceptivos disponíveis no mercado vão muito além dessa lista, e cada casal deve escolher aquele que melhor atende às suas necessidades. Nenhuma alternativa é 100% segura, mas se bem usada a proteção pode ser quase total.

Ginecologista José Bento


A pedido do público, o Bem Estar desta terça-feira (2) voltou a falar sobre métodos para evitar a gravidez, algo fundamental na hora do planejamento familiar – segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 46% dos nascimentos no país não são esperados. No estúdio, estiveram o ginecologista José Bento e a médica especialista em saúde da mulher Tânia Lago, que destacou que a maior falha das pessoas nesse quesito ocorre justamente durante a troca das técnicas anticoncepcionais.

Anticoncepcionais: Escolha o seu.



Dispositivo intrauterino (DIU)

Dispositivo intrauterino
É um pequeno objeto de plástico que pode conter hormônios ou ser revestido de cobre, e colocado no interior do útero para evitar a gravidez. A mulher pode ficar até dez anos sem trocá-lo, e a retirada pode ser feita assim que a paciente desejar ou tiver algum problema. Existem diversos modelos, e o mais usado é o em forma de T, com fios de cobre, que impedem o encontro dos espermatozoides com o óvulo.

A fertilidade da mulher retorna logo após a retirada do DIU. Esse método é muito eficaz e não provoca aborto, porque atua antes da fecundação. A colocação do dispositivo no útero deve ser feita por um profissional de saúde treinado.

O DIU não atrapalha a mulher e não machuca o pênis durante a relação sexual. Quem faz uso dele pode ter mais sangramento menstrual ou cólicas, mas esses efeitos não trazem problemas à saúde, a menos que a paciente tenha anemia severa.

Esse método não é indicado para mulheres que têm mais de um parceiro ou cujos parceiros tenham outras parceiras e não usam camisinha em todas as relações, pois, nesse caso, correm mais risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DST).

Segundo José Bento, o DIU também evita endometriose, pólipos e miomas no útero. Sexo e esporte não deslocam o dispositivo, mas o próprio útero e as cólicas podem fazer isso em casos mais raros.

Injeção Anticoncepcional

Injeção anticoncepcional
Impede a ovulação e dificulta a passagem dos espermatozoides para o interior do útero. Há dois tipos: a aplicada uma vez por mês e a trimestral. Ambas são muito eficazes quando usadas corretamente.

Com a interrupção da injeção mensal, a fertilidade da mulher logo retorna. No caso da trimestral, pode haver um atraso na volta da capacidade de engravidar: em média, levam-se quatro meses após o término do efeito.

A eficácia desse método é alta, mas os efeitos colaterais e as contraindicações são iguais às da pílula de cartela.

Anel vaginal
Anel Vaginal
Tem baixa dosagem hormonal, mas é mais caro (em torno de R$ 50) e pode trazer os mesmos efeitos indesejados da pílula. Além disso, não é distribuído no Sistema Único de Saúde (SUS).

Cada anel contém uma pequena quantidade de dois hormônios sexuais femininos, liberados lentamente para a corrente sanguínea. É colocado de forma semelhante ao diafragma e fica três semanas no corpo da mulher.

Diafragma
Diafragma Vaginal
É uma capa flexível de borracha ou silicone, com uma borda em forma de anel que é colocada na vagina para cobrir o colo do útero. Evita a gravidez ao impedir a entrada dos espermatozoides no útero, e pode ser usado com ou sem espermicida.

Há diafragmas de vários tamanhos, e a medição por um profissional de saúde é necessária para determinar o mais adequado para cada mulher.

O dispositivo deve ser colocado em todas as relações sexuais, antes de qualquer contato entre o pênis e a vagina. Pode ser introduzido minutos ou horas antes da relação. Quando a mulher é bem orientada, esse processo não dói e se torna tão simples quanto pôr uma lente de contato.

O aparelho só deve ser retirado de seis a oito horas após a última relação sexual, que é o tempo suficiente para que os espermatozoides restantes na vagina morram. Ele não deve ser usado durante a menstruação.

Imediatamente após retirar o diafragma, lave-o com água e sabão neutro, seque-o bem com um pano macio e guarde-o em um estojo, em lugar seco e fresco, longe da luz solar. Não se deve polvilhar o diafragma com talco, pois o produto pode danificá-lo ou causar irritação na vagina ou no colo do útero.

Esse método confere autonomia no uso, é mais natural, fácil de transportar e tem menos efeitos colaterais. Mas, em alguns casos, pode ter uma eficácia menor que a da pílula.

Espermicida
Espermicidas
É uma substância química que recobre a vagina e o colo do útero, impedindo a penetração dos espermatozoides no útero, imobilizando-os ou destruindo-os. Pode ser usado sozinho ou combinado com o diafragma. É eficaz pelo período de uma hora após sua aplicação.

Não se recomenda o espermicida para mulheres com mais de um parceiro sexual ou cujos parceiros tenham outras parceiras e não usem camisinha em todas as relações sexuais, pois, nessa situação, há um maior risco de se contraírem DSTs.

O espermicida é colocado com um aplicador, que deve ser introduzido na vagina o mais profundamente possível. Depois de usado, o aplicador precisa ser lavado com água e sabão.

Pílula do dia seguinte
Pílula do dia seguinte
A pílula anticoncepcional de emergência impede ou retarda a ovulação, além de diminuir a capacidade de os espermatozoides fecundarem o óvulo. Esse método não é abortivo, porque não interrompe uma gravidez já estabelecida.

A pílula do dia seguinte não deve ser usada como anticoncepcional de rotina, ou seja, substituindo outro método. O uso frequente deve ser evitado, pois um único comprimido equivale à metade de uma cartela convencional. Pode ser tomada até 72 horas depois da relação desprotegida, mas, quanto antes, maior é a eficácia.

O mais garantido é se prevenir em dobro, pois todos esses métodos anticoncepcionais citados acima não protegem contra nenhuma doença. Por isso, usar camisinha é muito importante, e o melhor é combiná-la com uma dessas técnicas para prevenir a gravidez.


Lembre-se:


O ciclo da mulher começa na menstruação, e o dia certo para tomar a primeira pílula é quando ela desce, mesmo que haja só um pouquinho de sangue.
Se você esquecer eventualmente do anticoncepcional, pode tomá-lo com no máximo 12 horas de atraso. Depois disso, ele não faz mais efeito e você deve usar outro método contraceptivo.
É raro, mas alguns antibióticos interferem na ação do comprimido, que deve ser tomado todo dia na mesma hora. Métodos como tabelinha, coito interrompido e muco ou temperatura cervical não devem ser usados, porque são arriscados demais.

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