MENSAGEM

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segunda-feira, 25 de maio de 2015

Doenças e Sintomas: EBOLA


Criança com suspeita de Ebola
Ebola é uma febre grave do tipo hemorrágico transmitida por um vírus do gênero Filovirus, altamente infeccioso, que desenvolve seu ciclo em animais Há cinco espécies diferentes desse vírus, que recebe o nome do local onde foi identificado. Zaire, Bundibugyo, Costa do Marfim, Sudão e Reston. Este último ainda não foi encontrado em humanos.
A doença é classificada como uma zoonose. Embora os morcegos frutívoros sejam considerados os prováveis reservatórios naturais do vírus Ebola, ele já foi encontrado em gorilas, chimpanzés, antílopes, porcos e em minúsculos musaranhos. Os especialistas defendem a hipótese de que a transmissão dos animais infectados para os seres humanos ocorre pelo contato com sangue e fluidos corporais, como sêmen, saliva, lágrimas, suor, urina e fezes.
Daí em diante, o vírus Ebola pode ser transmitido pelo contato direto entre as pessoas, pelo uso compartilhado de seringas e, por incrível que pareça, até depois da morte do hospedeiro. Ou ainda, caso o paciente tenha sobrevivido, o vírus Ebola pode persistir ativo em seu sêmen durante semanas. Possivelmente, uma das razões para ser tão mortal e resistente é que libera uma proteína que desabilita o sistema de defesa do organismo.
Surtos de ebola atingiram países da África em 1995, 2000, 2007, mas foram controlados. O surto de 2014 atinge Guiné, Serra Leoa e Libéria e já há casos confirmados na Nigéria. A OMS determinou estado de “emergência sanitária mundial” com o objetivo de conter o vírus e barrar surto de Ebola, o maior de que se tem conhecimento até agora.
Oficialmente, só se considera que um surto de ebola chegou ao fim após 42 dias sem nenhum novo caso registrado.

Sintomas
Pessoa com a doença EBOLA
O período de incubação dura de 2 a 21 dias. Os sinais e sintomas variam de um paciente para outro. Metade dos pacientes infectados vão a óbito.
Febre, dor de cabeça muito forte, fraqueza muscular, dor de garganta e nas articulações, calafrios são os primeiros sinais da doença que aparecem de forma abrupta depois de cinco a dez dias do início da infecção pelo vírus Ebola. Com o agravamento do quadro, outros sintomas aparecem: náuseas, vômitos e diarreia (com sangue), garganta inflamada, erupção cutânea, olhos vermelhos, tosse, dor no peito e no estômago, insuficiência renal e hepática. No estágio final da doença, o paciente apresenta hemorragia interna, sangramento pelos olhos, ouvidos, nariz e reto, danos cerebrais e perda de consciência.

Diagnóstico

Uma das dificuldades para estabelecer o diagnóstico precoce da doença provocada pelo vírus Ebola é que, no início, os sintomas podem ser confundidos com os de enfermidades como gripe, dengue hemorrágica, febre tifoide e malária. O levantamento da história do paciente, se esteve exposto a situações de risco e o resultado de testes sorológicos (Elisa IgM, PCR) e o isolamento viral são fundamentais para determinar a causa e o agente da infecção.
Diante da possibilidade de uma pessoa ter entrado em contato com o vírus Ebola, ela deve ser mantida em isolamento e os serviços de saúde obrigatoriamente notificados.

Tratamento

Não existe tratamento específico para combater o vírus Ebola, que infecta adultos e crianças sem distinção. Não existe também uma vacina contra a doença, mas já foi testada uma fórmula em macacos, morcegos e porcos-espinhos que mostrou resultados positivos nesses animais.
O único recurso terapêutico contra a infecção causada pelo Ebola é oferecer medidas de suporte, como reposição de fluidos e eletrólitos, hidratação, controle da pressão arterial e dos níveis de oxigenação do sangue, além do tratamento das complicações infecciosas que possam surgir.
No Brasil, existem dois centros de referência preparados para tratar pacientes infectados pelo vírus ebola: o Fiocruz, no Rio de Janeiro, e o Hospital Emílio Ribas, em São Paulo.

Prevenção
Agentes de saúde
Não só os agentes de saúde, mas todas as pessoas que precisam aproximar-se de pacientes com caso confirmado de ebola ou suspeita da doença são obrigadas a usar um equipamento de proteção que cobre o corpo da cabeça aos pés e que deve ser retirado com todo o cuidado para evitar contaminação.

Recomendações

As seguintes medidas são fundamentais para evitar o contato com o vírus Ebola, como forma de prevenir a infecção e evitar a disseminação da doença:

1.    Lave as mãos com frequência com água e sabão. Se não for possível, esfregue-as com álcool gel;

2.   Procure não frequentar lugares que facilitem a exposição ao vírus Ebola;

3.   Evite contato com pessoas infectadas. Quanto mais avançada a doença, maior a concentração de vírus e mais fácil o contágio;

4.   Use vestimentas de proteção, como macacões e botas de borracha, aventais, luvas e máscaras descartáveis e protetores oculares, sempre que tiver de lidar com os pacientes. Sob nenhum pretexto reutilize agulhas e seringas. Instrumentos médicos metálicos que serão reaproveitados devem ser esterilizados.

5.   Só coma alimentos exóticos de procedência conhecida;

6.   Lembre que o corpo dos doentes continua oferecendo risco de contágio mesmo depois da morte.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Febre Chicungunha ou Febre Chikungunya

A febre chikungunya, chamada em português de febre chicungunha,  é uma doença viral parecida com a dengue, transmitida por um mosquito comum em algumas regiões da África. Nos últimos anos, inúmeros casos da doença foram registrados em países da Ásia e da Europa. Recentemente, o vírus CHIKV foi identificado em ilhas do Caribe e na Guiana Francesa, país latino-americano que faz fronteira com o estado do Amapá.

O certo é que o chicungunha está migrando e chegou às Américas. No Brasil, a preocupação é que o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela, têm todas as condições de espalhar esse novo vírus pelo País. Seu ciclo de transmissão é mais rápido do que o da dengue. Em no máximo sete dias a contar do momento em que foi infectado, o mosquito começa a transmitir o CHIKV para uma população que não possui anticorpos contra ele. Por isso, o objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo apareçam os primeiros casos.

                                                                                           Aedes aegypti                                                                                  
Sintomas

Embora os vírus da febre chicungunha e os da dengue tenham características distintas, os sintomas das duas doenças são semelhantes.

Na fase aguda da chicungunha, a febre é alta, aparece de repente e vem acompanhada de dor de cabeça, mialgia (dor muscular), exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). Esse é o sintoma mais característico da enfermidade: dor forte nas articulações, tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.
 
                         Mão de um paciente que contraiu a febre Chikungunya                                    

Ao contrário do que acontece com a dengue (que provoca dor no corpo todo), não existe uma forma hemorrágica da doença e é raro surgirem complicações graves, embora a artrite possa continuar ativa por muito tempo.
  
Pés de paciente com a febre Chikungunya

Diagnóstico

O diagnóstico depende de uma avaliação clínica cuidadosa e do resultado de alguns exames laboratoriais. As amostras de sangue para análise devem ser enviadas para os laboratórios de referência nacional.

Casos suspeitos de infecção pelo CHIKV devem ser notificados em até 24 horas para os órgãos oficiais dos serviços de saúde.

Tratamento

Na fase aguda, o tratamento contra a febre chicungunha é sintomático. Analgésicos e antitérmicos são indicados para aliviar os sintomas. Manter o doente bem hidratado é medida essencial para a recuperação.

Quando a febre desaparece, mas a dor nas articulações persiste, podem ser introduzidos medicamentos anti-inflamatórios e  fisioterapia.

Prevenção

Não existe vacina contra febre chicungunha. Na verdade, a prevenção consiste em adotar medidas simples no próprio domicílio e arredores que ajudem a combater a proliferação do mosquito transmissor da doença.